Memorial da Resistência

Nunca gostei de ler e assistir filmes sobre 2ª Guerra e assuntos relacionados, principalmente porque não gosto de ler sobre tortura e, afinal, grande das produção deste tema são biografias, logo, saber que aquilo realmente aconteceu, que o um ser humano foi capaz de agredir física e psicologicamente o outro, de matar pessoas em busca de informações, por elas terem ideologias diferentes, não me faz bem. Entretanto, surgiu a oportunidade de visitar o Memorial. Confesso que fiquei em o pé atrás no começo - até porque foi realmente ali que muitas pessoas foram torturadas e mortas -, mas vistei. O acervo é bem completo, há exibição de objetos, cartas, desenhos, entre outros. O lugar mais impressionante são as celas, cada uma foca em um aspecto de como era estar no Deops. O que mais me abalou foi a cela onde há fones em que os visitantes escutam os relatos das pessoas que ficaram presas. Novamente, não entendo como o ser humano pode ser tão mau.

Sempre me interessei pela ditadura militar. Conheci o museu no terceiro ano do ensino médio. Desde então, não deixei um ano sequer de ir até lá pelo menos duas vezes. A cada vez que eu vou é uma exposição diferente, e muitas modificações foram feitas no complexo, principalmente na sala que antes era quase inalterada, mas que agora perdeu a sua essência porque eles tentaram recriar mais fielmente. O museu apresenta áudios de ex presos políticos, celas para visitação, instrumentos que eram utilizados para tortura, e um painel com a linha do tempo da história política de nosso país. Todos os monitores são bem treinados e empenhados. Se você não for com excursão e for em dia de semana, fique no meio de alguma - geralmente de escolas, e escute tudo o que eles têm a dizer, vale muito a pena, são informações complementares. Com certeza é o meu museu favorito, e eu sempre levo meus amigos lá.